sábado, 5 de janeiro de 2008

Gato pardo, dia claro. Nunca um lugar. Fantasia de destino, fardo pífio. En-fado...
Uma nascença nas terçãs, choro não há, um menino de fraquezas e robustez. Vem pro quintal menino, miau miau teu já está, de ida não ia, Vou não, desejar nunca falta, falta nunca, miau miau menino. Uma toca em terra vermelha e áspera, uma pele de calango, cramunhão menino sabe, esquecido e já guardado, uma toca de vermelho áspero. Cada sol a barulheira, cada roda um rodar do menino em cada cheiro e cada cor, alegria em desavença. Desenbanhar menino, lago perto noite junto, alegria em concílio. Miau miau, corre corre, nunca chega, sempre busca. Menino atrevido pros muleques de lá, cada qual forma e cheiro, bolota terra molhada, largo e alto gota de orvalho, arbusto seco. Meu senhor me dê o dito, mulher nunca é de chegar mas de engasgo de enganar e de dizer e nunca chegar, menino não sabia pois pra saber se perdia menino, menino foi até o tempo curvar, menino e só depois de adiante nome posto vida morta, mas menino vento solto corre corre, terra áspera miau miau longa fronteira, curva distante, ampla porteira. Terreiro, bolota, arbusto seco, menino, miau miau, bichos na moita, brincadeira de nunca acordar. Vai menino vai, corre corre bolota, vermelho céu, vermelha terra. Primeiro silêncio.
Mulher vermelho céu noite junto, dia sem barulho. Menino era de outro correr agora, uma outra febre, menino nem sabia da peste ainda, menino curva distante.
Menino sozinho, menino desejo de desejar. Um cabrito no céu, desfaz, o primeiro boizinho, refaz, miau miau, mulher de vermelho céu. Noite ida, menino dentro, ispinheira de esconder, gerante descer.
Carreira de fúria terreno sem fim curva longe, vento de dentro soprando noite dentro, menino fora. Vem cá menino, vem cá menino, vem cá menino...
Ido, nunca chegar, nunca lugar. Terravermelhamaciaida.
Banhado em maza.
Esquina escura, estranheza de chegar, barulho e vodka, cabelos soltos, fumaça, nunca chegar. O que será? Duplo com gelo. Suco? Porra, gelo e vodka. Porra de novo, tira a merda do gelo. Triplo. Olhos cansados olhar atento, mulher noite adentro, fumaça. Silêncio segundo. Daqui se pode ter o mundo inteirinho sabia? O mundo foi o último gole do copo. Cramunhão junto. Meu senhor me dê licença, foi um grito e outro grito, barulho, sem volta. Barulho, olhar de presa, nunca foi pego, curva já perto. Fogo? Sempre. Tinta demais. Por baixo da pele pedregulho grossamente triturado. Um toque. Macia ida.
Outra esquina, vodka ainda e cigarros, fogo sempre...
Espectro sorrateiro, volta pra cá cramunhão, diabos de cramunhão fujão.
Calçada suja barulho não mais.
Debaixo da calçada ele dormiu
.